Um problema grave toma conta dos céus e principalmente do chão do Brasil. A falta de aeroportos representa um dos maiores dramas do País em termos de infraestrutura, planejamento e desenvolvimento. Ao mesmo tempo em que a população que utiliza aeronaves cresce, faltam investimentos reais e satisfatórios na área.
Goiânia é o melhor exemplo: através da Infraero, o governo federal finge que investe na readequação do Aeroporto Santa Genoveva, mas a sociedade civil no geral critica o que tem sido feito. O economista e MBA pela Universidade de Genebra Reinaldo Fonseca, por exemplo, afirma ao DM que a reforma é um dos maiores “desperdícios de recursos públicos do País”.
Para Fonseca, o fato mais determinante é a incapacidade de, em curto prazo de tempo, o aeroporto manter suas reais funcionalidades. Em outras palavras, a reforma de nada adiantará — só vai adiar uma solução definitiva para Goiás.
Conforme Fonseca, o governo federal deve deixar estrategicamente o comando dos aeroportos e oferecer concessões públicas para investidores privados. “A única solução viável, para não desperdiçar mais dinheiro, é deixar o Santa Genoveva como está e usá-lo para servir às pequenas aeronaves, helicópteros, etc”, diz o economista.
Atualmente, o aeroporto de Goiânia aguarda o fim da interminável reforma para só depois começar a pensar em novo aeroporto. Segundo Sirlei Aparecida Gomes, superintendente executiva da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) de Goiás, existe uma proposta para a construção de outra pista, mas que a Infraero prioriza a finalização das obras de reforma.
Sirlei diz que no último sábado encerrou-se o prazo para o Exército entregar as obras de infraestrutura do Santa Genoveva. Está nas mãos dos militares a finalização. O governo de Goiás não tem poder de comando na construção do aeroporto, pois a jurisdição do Santa Genoveva é federal. O que existe é uma pressão para que as obras sejam logo finalizadas e seja possível pensar um local adequado para efetivamente imaginar um novo aeroporto para Goiânia. “É até questão de segurança: o Santa Genoveva está dentro da cidade. O avião corta baixo, bem no Campus da UFG e no Ceasa. É muito arriscado”, diz Fonseca.
Fonte: DM via GoianiaBR
Comentário do GYN Online: A matéria relata o que defendemos aqui há muito tempo. Goiânia necessita de um novo aeroporto, e deixar o Santa Genoveva, apenas para voos regionais de baixa oferta de assentos, aviação geral e executiva. Como por exemplo, Confins e Pampulha, em Belo Horizonte. O novo aeroporto precisa ter a estrutura para o futuro, não para o imediato. Pistas, pátios, terminal, estacionamento, que demorem anos até ficarem saturados.
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